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Mestrado na França | Detalhes que ninguém conta

  • Foto do escritor: Cristine Werner
    Cristine Werner
  • 6 de fev. de 2021
  • 4 min de leitura

Atualizado: 18 de mai. de 2022

Hoje vou contar um pouco da minha experiência com o Mestrado na França. Nada que já é super bem explicado pelos canais oficiais, mas detalhes que podem fazer a diferença durante a escolha do curso e universidade, e dicas pra você estar preparado para todo o processo.


Antes de mais nada: o Campus France é sim o melhor lugar para você ir em busca de informações. Minha dica é ler TUDO que o site oferece de conteúdo que se encaixe no seu caso. Não deixe pra confiar em fontes não oficiais sobre as informações mais críticas do processo.


Fora isso, compartilho 4 dicas e situações que aconteceram comigo que podem ser úteis:


1. Universidades disponíveis na plataforma Études en France ou não?


Pra quem vai fazer um mestrado por conta própria, ou seja, fora de um acordo entre universidades do Brasil e França em um regime de intercâmbio, você pode optar por universidades que estão cadastradas no Études en France, ou universidades para as quais você envia uma candidatura "independente" da plataforma.


>> Études en France é a plataforma pra auxiliar os estudantes no processo de escolha de universidade e visto. Quando você opta por uma universidade cadastrada na plataforma, o processo de visto segue automaticamente após o aceite.


Mas nada impede que você opte também por universidades que não estão na plataforma. Você pode dar entrada no seu pedido de visto normalmente após ter o aceite, apesar de haver alguma diferenças neste processo.


Minha experiência e dica: apesar de ter um currículo com diferentes experiências, formação superior e pós-graduação no Brasil, o processo para ser aceito em um Mestrado quando não é uma parceria entre universidades é difícil. Já é difícil para as universidades cadastradas no Études en France e ainda mais para aquelas que não estão.

Além disso, o número de opções de universidades é ENORME. Por isso, sugiro você começar pela definição de para quais faculdades do Études en France você vai se candidatar, e se candidatar fora da plataforma no caso de alguma universidade que você já conhece, quer muito tentar, ou é referência na sua área.



2. Descubra como é organizada a grade de aulas do Mestrado.


Porque é importante descobrir como a universidade organiza a grade de aulas do seu curso: algumas universidades tem uma "grade fechada" para a formação. Ou seja, todos os alunos vão fazer as mesmas matérias, nos mesmos dias. É como se fosse uma turma de escola que segue todo o ano junto.


Já em outros casos, em cada semestre o aluno escolhe quantas e quais matérias ele vai fazer. O ponto positivo é uma certa liberdade de definir a quantidade de matérias que você vai estudar ao mesmo tempo. Porém, você nunca sabe em que momento você terá as aulas de cada matéria. Elas não necessariamente são distribuídas igualmente durante o semestre. Você pode ter uma carga horária muito pesada durante alguns meses, e quase não ter aulas durante os outros.


Aí vai do gosto, organização e objetivo de cada um. Mas busque descobrir como a formação para a qual você está se candidatando funciona. Pode ser através do site da universidade ou até mesmo entrando em contato com algum responsável para perguntar.



3. Mestrado 1 ou 2? Na minha área ou outra?


Você pode pensar que por não ter um mestrado no Brasil, faz mais sentido se candidatar para o primeiro ano do mestrado.


Aí temos dois pontos: de fato, o Mestrado 1 é mais fácil de entrar. A exigência não é tão alta quanto para o segundo ano. Porém, se você optar por um mestrado na sua área (e se você já tiver experiência ou uma pós graduação por exemplo) a chance dos conteúdos do curso serem os mesmos da sua graduação no Brasil é bem alta.


Claro que aqui podemos ter exceções de universidades super bem conceituadas, com currículos que realmente vão além no nível de ensino, por exemplo.


Mas de maneira geral, meu conselho é ou optar por um Master 1 em uma área relativamente diferente daquela que você ja tem experiência, ou estar aberto a se candidatar também para o Master 2. Ainda assim, tendo consciência que mesmo o Master 2 pode não trazer grandes novidades em termos de novos conhecimentos (mas claro uma nova perspectiva em função da cultura).



4. Momento da inscrição


Este é um relato do que aconteceu comigo, mas imagino que não deve ser uma situação muito rara.


Eu me candidatei para um Master 1, mas durante o processo seletivo e entrevistas com a coordenação do curso, eu fui aceita para o Master 2, em função das minhas formações e experiência anteriores.


Porém, a avaliação pedagógica é independente da etapa de inscrição administrativa e os documentos necessários para validar sua inscrição no segundo ano do Master.


Portanto, se você for aceito para um Master 2, é preciso ter como justificar um grau equivalente ao Master 1. No meu caso, eu utilizei como justificativa meu diploma de pós-graduação. E detalhe, na tradução do documento, não bastava estar escrito "pós-graduação" ou "MBA" por exemplo. Foi preciso um comentário específico da tradutora que aquele diploma era equivalente à um Master 1 na França.


Fica a dica para se preparar e já chegar com tudo certinho no país :)

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